Shopping Nações sedia exposição sobre intolerância religiosa  

 

Até o final deste mês, quem passar pelo Shopping Nações poderá conferir a exposição “Workshop de Religiões – a interdisciplinaridade reverberando uma cultura de paz”, promovida pela ETEC Trajano Camargo e o Forum Inter- Religioso Municipal de Limeira.

 

No total, são 25 banners representam religiões pentecostais, neopentecostais, pós moderna, além das tradicionais como catolicismo, budismo, islamismo e judaísmo. De acordo com o organizador da mostra, professor e filósofo Roberson Marcomini, o objetivo da exposição é promover a reflexão das pessoas através do conhecimento. “Muita gente é intolerante por pura falta de conhecimento. Nossa intenção é diminuir os casos de intolerância por meio da informação”, explicou.

 

Para a realização da mostra, os alunos do Trajano Camargo fizeram pesquisa de campo. Eles foram até os templos religiosos, conheceram os líderes, conversaram e tiraram dúvidas. O grupo relatou que foi bem atendido em todos os locais que visitaram. O trabalho, segundo o professor, mostrou que as religiões estão abertas ao diálogo, que é justamente onde começa a tolerância.

 

A administradora do Nações, Luciana Bragante Nasr, elogiou a iniciativa dos alunos. “Vivemos em uma época onde todos os dias os noticiários trazem casos de intolerância religiosa que começa com agressão, levando muitas vezes a morte. Trazer informação por meio dessa exposição é a nossa maneira de colaborar com um mundo mais tolerante”, destacou.

 

NO BRASIL

Nos últimos anos, os ataques contra os seguidores dessas religiões aumentaram. Segundo dados do Disque 100, canal do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos que concentra denúncias de discriminação e violação de direitos, foram feitas 213 notificações de intolerância religiosa a matrizes africanas, de janeiro a novembro de 2018.

 

O número é 47% maior do que o registrado em todo o ano de 2017, quando foram recebidas 145 denúncias. Se em 2014 elas correspondiam a 15% do total de denúncias, hoje representam 59% do número total de reclamações.