Outubro Rosa: cirurgias plásticas são aliadas no tratamento do câncer de mama

Durante todo o mês de outubro acontece o movimento “Outubro Rosa”, que conscientiza as mulheres sobre o câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce, por meio do autoexame e dos exames de imagem, que aumenta as chances de cura da doença. Além disso, quando o câncer é descoberto precocemente possibilita tratamentos cirúrgicos menos agressivos e com maiores porcentagens de reconstrução dos tecidos.

Nesse contexto, a cirurgia plástica atua como uma grande aliada. Não apenas para resgatar a autoestima da mulher, mas também para o bem estar físico e o equilíbrio psíquico das pacientes vitimadas pelo câncer de mama.

 A participação da cirurgia plástica no tratamento oncológico foi um passo muito importante. Alguns anos atrás, as mulheres que passavam pela cirurgia de retirada da mama para tratar a doença, conhecida como mastectomia, tinham, além de sua autoestima abalada, poucas expectativas de terem sua integridade física recuperada após o procedimento.

“Uma das maiores preocupações das mulheres que lutam contra o câncer de mama é perde-los. É uma questão de vaidade e a maioria delas se sentem envergonhadas ou menos femininas quando precisam retira-los. Porém, atualmente já existem métodos cirúrgicos mais cuidadosos que devolvem o volume original das mamas e consequentemente ajudam a renovar a autoestima”, afirma o cirurgião plástico Fernando Pucci.

Hoje em dia, existem diversas técnicas de reconstrução da mama após o tratamento de um tumor. Desde a utilização de tecidos da própria mama, como em casos em que somente uma parte da mama é retirada, até a utilização de tecidos das costas, do abdômen ou do glúteo, em casos de cirurgias mais delicadas.

Em alguns casos ainda, a restauração das mamas pode ser realizada apenas com a utilização de próteses de silicone, sem a necessidade de técnicas mais complexas e invasivas. Existem também métodos para a reconstrução da aréola e do mamilo nos casos em que eles são retirados junto com os tecidos afetados.

É importante salientar que nenhuma das técnicas utilizadas na reconstrução das mamas após uma mastectomia interfere no acompanhamento clínico da doença. Os exames de rotina realizados após o tratamento não são prejudicados e devem ser realizados sempre seguindo as orientações do mastologista.

“As próteses não causam nenhum problema de saúde nem atrapalham no acompanhamento oncológico, a única intenção é que, com elas, as pacientes sintam-se bem, façam as pazes com a própria imagem e percebam que podem seguir a vida com naturalidade após o encerramento do tratamento”, conclui Fernando Pucci.