DOWN DANCE SE CLASSIFICA PARA FESTIVAL NA ARGENTINA

Grupo de Limeira irá se apresentar na Argentina.

O Down Dance, grupo formado por jovens com síndrome de Down da Associação Amigos Especiais de Limeira (AEL), irá competir pela primeira vez em um festival internacional de dança. Os jovens limeirenses garantiram a participação no Festival de Danças do Mercosul de 2019, que será realizado na Argentina.

A vaga veio após o Down Dance conquistar dois prêmios no 22° Festival da Primavera “Som, Luz e Dança”, em Pirassununga. O evento, organizado por Eduardo Leite, recebeu dançarinos de todo o Brasil no teatro no Centro de Convenções da cidade.

A apresentação do Down Dance, executada com coreografia do professor Bhetto Bastelli, foi muito aplaudida. “Ficamos sabendo que um dos jurados parou de dar notas e começou a dançar no mezanino”, conta Sueli Ferraz, mãe de uma das integrantes do grupo.

Os jovens de Limeira conquistaram o primeiro lugar na categoria que disputavam e ainda arrebataram o prêmio de grupo revelação. Além dos troféus, o Down Dance foi pego de surpresa com a conquista da vaga no festival da Argentina, já que este prêmio não havia sido anunciado com antecedência.

Luiza Schenke é uma das integrantes do Down Dance e se emocionou com o reconhecimento. “Eu adoro as aulas de dança e amo me apresentar. Fiquei super feliz com o nosso desempenho”, disse.

Down Dance

O projeto foi iniciado há um ano pela Associação Amigos Especiais de Limeira. As aulas de dança são gratuitas e oferecidas às sextas-feiras. O grupo se apresenta em espetáculos e festivais em várias cidades e é formado por 10 componentes.

Recentemente, o Down Dance participou da 11ª edição do Festival ECODANÇA, que reuniu em Limeira grupos, academias e companhias de dança de Santos, São Vicente, Cordeirópolis, Araras, Pirassununga e até da Bahia. O grupo competiu na modalidade Necessidades Especiais e ficou em 1º lugar com a nota 9,80.

A dança faz parte do processo de desenvolvimento da pessoa com síndrome de Down. É uma arte que estimula a criatividade, a habilidade motora, a consciência corporal, desenvolvimento cognitivo e a expressividade. “Com esse empoderamento do próprio corpo, ela passa a ter maior autonomia, gerando assim uma inclusão mais verdadeira e eficiente”, diz o professor Bhetto Bastelli.

As pessoas com síndrome de Down interessadas em participar das aulas de dança devem comparecer às sextas-feiras, das 19h às 20h, na Taba do Brasil, que fica na Avenida Lumiere, 135, Centreville.